terça-feira, 2 de março de 2010

Os Velhos EP para encomenda



O EP d'Os Velhos tem sido um verdadeiro sucesso e a primeira edição física está quase a chegar ao fim. Agora que se aproxima uma nova temporada de sol e calor, é aproveitar para encomendar o disco da banda roque da Rua das Chagas. Continua disponível a versão digital para descarregamento no espaço da banda.

UM, DOIS, TRÊS, QUATRO: Lisboa, Cidade-Aberta!

A mais solar mocidade da capital responde pelo nome d’Os Velhos, um nome próprio cuja ortografia é decomposta nas quatro canções que agora se apresentam sob a forma de um EP, ou de um MD (Meio Disco), como se convencionou chamar a este formato (desde que Os Quais, em feliz... hora, assim baptizaram a sua primeira edição).

Os Velhos são a primeira banda da segunda geração da Amor Fúria: presenças assíduas nos primeiros concertos dos Golpes e dos Smix Smox Smux, rapazes com a energia própria de quem vive as coisas na altura certa e não perde tempo quando o tempo urge e dita as regras. Mas a identidade destes 4 rapazes (Sebastião, Francisco Xavier, Lucas e Zé Preguiça) ultrapassa os auscultadores do Ai Pode e define-se, certeira, no cruzamento entre o ruído imberbe que bate contra as paredes de uma certa garagem na Rua das Chagas, na Bica, e o poema épico descrito numa corrida com início no Marquês de Pombal e final no Cais das Colunas, na Praça do Comércio - Avenida da Liberdade e Rossio, tudo junto, incluídas no mesmo percurso.

A enumeração toponímica em causa não surge só porque sim, está nos genes dos décibeis que soam, amplificadores a fora - em comunhão com o público que entoa as malhas do Zé Preguiça (qual claque de futebol em ilusão de vitória) -, bombo com a bandeira preta e branca do município a vibrar a cada batida, directamente do pé do Lucas. Está-lhes tatuada na alma e nos dedos, no sangue e nas baquetas, no apuradíssimo timbre do Francisco: o lugar de partida que eles reivindicam como lugar de estadia a cada palavra e acorde. Tal e qual os Ramones e Nova Iorque, Londres e os Clash, Caetano e a Baía.

As canções dos Velhos transportam-nos para os lugares primordiais de um tempo em que somos novos e a força, a vitalidade, as possibilidades e a esperança do mundo se apresentam em toda a sua glória. Essa força, essa vitalidade, esse esplendor, encontram morada, colina a colina, revisitadas em turnos que se fazem numa bicicleta que veio de Roma, em Itália: Lisboa, Cidade-Aberta.