quinta-feira, 3 de junho de 2010

NOVO SÍTIO

A partir de agora mudamos de sítio na rede.
Podem encontrar-nos em
www.amorfuria.pt
Celebrações para breve!


sexta-feira, 28 de maio de 2010

Desoliúde nas Lojas



Isto podia vir crivadinho de citações do Heidegger sobre a autenticidade e inautenticidade do dasein. Podia vir e não vem. Reparem na subtileza do “e”... Qualquer selvagem tosco escreveria “mas” – e lá era mais um a cair de borco no lameiro do que não é. Raio de mania, a dos pares de opostos – quando não há opostos. Nem pares. E isto agora podia vir crivadinho de citações do Lacan, aspas, itálicos e notas de rodapé. Podia vir e não vem.

Podia vir – e para quê? Alicerces de uma esperteza estrangeira para os prédios de Alfama, com barriga e sem? Aqui, aqui ainda cresce o cabelo à santinha de Arcozelo. Argumente-se, pois, sem muletas; argumente-se miraculado: há muito manco que gosta de jogar à bola. O que vem, o que aí vem, não traz muletas. Traz uma mão-cheia de rebuçados e uma máquina de sulfatar com estricnina. E não manqueja.

O que vem, o que vem aí, são formas físicas visíveis por debaixo da roupa – e sem interiores, com sombras húmidas e despudoradas. Pouca vergonha, felizmente. Quem já ouviu, diz que é uma espécie de festa debochada no Posto de Comando das Forças Armadas – ou três indivíduos de gabardine nas cercanias de um parque infantil. Ou de um centro de dia. E isto é bom. É justo e é bom.

O que aí vem, pois que vem, é Feromona. Da boa. Caseira! Com cheiro a corpo, ao cheiro que o corpo deixa aqui e ali, à procura. Estranhamente, ou não, cheira também a uma outra qualquer coisa intemporal e recorrente, como lanches de pão com manteiga e leite com chocolate. Resulta. Já os antigos diziam que era a feromona que trazia isto tudo entregue aos bichos. E agora a Feromona é a seta grande e bem desenhada que, num moderno powerpoint, nos mostra a parede em que esbarramos. Os bichos riem, nós esfacelamos a testa e juramos pelas alminhas que sim, que vemos o sangue a pingar-nos do sobrolho, que está ali a parede e batemos nela, por destino ou desforço. Manhosa como só ela, a Feromona, ao segundo clique, é também a segunda seta, grande e bem desenhada, que aponta para a legenda “É cartão, ó estúpido!”. Nem tão pouco tabique; é mesmo só cartão. É brincar aos filmes de isto ser como nos filmes.

O que vem aí, e vem mesmo, são três fulanos a levantar as saias à verdade e a fazer canções que contam o que lá está. Depois de “Uma Vida a Direito”, a Feromona como que pegou n’O Verbo Escuro, de Pascoaes, (sim, este pretende ser o texto mais pretensioso alguma vez escrito sobre um disco) e compenetrou-se de que “A natureza abomina a linha recta.” Quem já ouviu, diz que é como uma maçã Bravo de Esmolfe, só que de enxerto novo; tem sumo e arranha a garganta – ou um UMM kitado, desabrido Vasco da Gama afora. E isto é bom. É justo e é bom.

É que o que vem, que está mesmo aí a chegar, é o segundo álbum da Feromona, amadurecido em cascos de calvário - voluntarista, claro; dois anos a tocar o bem sem olhar a quem – e marcha que é uma beleza. Quem já ouviu diz que é mesmo assim: o que aí vem é um disco que nos arranca aquele meio-riso nervoso de quem percebe ‘qu’isto é muita bom’ quando já era essa a expectativa. Não há surpresa maior que a de confirmarmos que até cidadãos ordinários como vocês, podem, esparsamente, ter razão. Ela quer, o homem sua, a Feromona nasce – e é uma sorte do caraças que ela venha engarrafada em rodelas de plástico, a preço módico, que se podem ouvir naqueles lasers pequeninos que não dão para operações à próstata. E vem aí. Chega antes do TGV.

Paulo Lopes Graça

terça-feira, 25 de maio de 2010

Verão Azul para encomenda



O primeiro disco da banda O Verão Azul também está disponível para encomenda. Um pequeno disco compacto gravável da dupla lisboeta, romance e descoberta em edição discográfica. O texto que se segue apresenta este trabalho.

No Verão de 2009, em plena efervescência da nova vaga do Roque Português, uma rapariga e um rapaz uniram-se junto a uma piscina, para criar aquilo que acabou por se chamar o "Verão Azul". Da base de amostras desde a folque pastoral até às raízes reggae e com arranjos de um sintetizador dos anos oitenta, recriam melodias e cantam sobre elas. Na Primavera de 2010, neste tempo que é o nosso, declaram o romance publicamente com quatro canções de baixa fidelidade e apresentam-nas em disco de formato CD-R na Amor Fúria.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Livro de Postais + Introdução ao Piano do Amor para encomenda



O disco dividido de Martinho Lucas Pires e O Deserto Branco encontra-se disponível para encomenda via correio electrónico da nossa Companhia de Discos. Aqui fica o texto de apresentação de um dos discos mais marcantes do ano.

Martinho Lucas Pires é um bloguer lisboeta. Em 2009 criou a anti-banda O Deserto Branco para fazer a festa em formato pop. A banda acabou e no final do mesmo ano pegou numa carrada de instrumentos e gravou um álbum onde a ternura e o pontapé para a frente dos Yo La Tengo se encontravam com estórias mundanas, sentidas e divertidas sobre os dias que correm. Livro de Postais é o nome dessa aventura e saiu em Janeiro 2010 em formato digital. O disco é agora editado em CD-r pela Amor Fúria, juntamente com Introdução Ao Piano do Amor, as cinco canções que O Deserto Branco deixou por gravar. Um futuro arriscado nas peripécias que o dia esconde e embalado por um passado sempre presente. A festa vai começar.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

MARTINHO LUCAS PIRES E O DESERTO BRANCO + O VERÃO AZUL + MARTE OITENTA

CONVOCATÓRIA

E V E N T O :
MARTINHO LUCAS PIRES E O DESERTO BRANCO
+ O VERÃO AZUL + MARTE OITENTA
DUPLO LANÇAMENTO DE DISCOS
L O C A L :
Maus Hábitos
R. Passos Manuel, 178 - Porto
D A T A :
22 de Maio
H O R A :
23:00
P R E Ç O :
5
B I L H E T E I R A S :
Porta



N O T A L I T E R Á R I A :

Depois da capital, chega agora a vez da cidade invicta testemunhar o duplo lançamento de discos de Martinho Lucas Pires e o seu Deserto Branco e d'O Verão Azul. Será no dia 22 de Maio nos Maus Hábitos, uma noite de roque éne role e romance, de presença obrigatória, para um dia mais tarde recordar. A noite fica completa com a presença do colectivo Marte Oitenta, a alternar discos até a noite findar.
A festa já começou.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

terça-feira, 11 de maio de 2010

FEROMONA ESTREIA SEGUNDO DISCO

CONVOCATÓRIA

E V E N T O :
FEROMONA ESTREIA SEGUNDO DISCO
L O C A L :
MusicBox
Rua Nova do Carvalho, 24
Cais do Sodré - Lisboa
D A T A :
15 de Maio
H O R A :
23:00
P R E Ç O :
8
Oferta de bebida até 2
B I L H E T E I R A S :
Porta, Blueticket


N O T A L I T E R Á R I A :

É agora, chegou a hora, o momento, o dia do lançamento.
Depois de "Uma vida a direito", a Feromona, poder trio de Alfama, apresenta o seu 2º disco, aquele cujo nome não pode ser pronunciado.
No Cais do Sodré, na Caixa de Música, prevê-se que o serão seja daqueles em que a transpiração flui em sintonia com os décibeis e as cabeças batem na cadência do pum pum pá.
Estamos entusiasmados e com razão.
O convite está feito.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

MARTINHO LUCAS PIRES E O DESERTO BRANCO + O VERÃO AZUL | DUPLO LANÇAMENTO DE DISCOS

CONVOCATÓRIA

E V E N T O :
MARTINHO LUCAS PIRES E O DESERTO BRANCO
+ O VERÃO AZUL
DUPLO LANÇAMENTO DE DISCOS
L O C A L :
Cabaret Maxime
Praça da Alegria, nº 58 - Lisboa
D A T A :
6 de Maio
H O R A :
23:00
P R E Ç O :
6
B I L H E T E I R A S :
Porta



N O T A L I T E R Á R I A :

No próximo dia 6 de Maio a Amor Fúria apresentará, no Cabaret Maxime, dois novíssimos fonogramas. Verão Azul da Ana Pimenta e do Pedro Almirante e Livro de Postais + Introdução ao Piano do Amor de Martinho Lucas Pires e o deserto branco. O formato é CD - R, a atestar o factor caseiro e a urgência das canções que compõem os dois objectos. Praia, infância e Lisboa; Humor, Cinema e Roque Enrole.
É a noite certa para dizer "Queres namorar comigo?"

segunda-feira, 26 de abril de 2010

FEROMONA EDITA POR AMOR FÚRIA



Os rumores da contratação deram em burburinho, mais tarde em informação por confirmar e, finalmente, em coisa mais que sabida e comentada. Na mesma medida, as expectativas criaram-se em ponto grande: a Amor Fúria meteu a Feromona no seu cardápio. O vídeo que agora se apresenta é a prova disso mesmo: a Companhia de Discos do Campo Grande vestiu os três rapazes do roque em tronco nu. Agora é a vez da Feromona suar o jersey da nova equipa com a energia do disco que aí vem. E ele, o disco, aquele cujo nome ainda não pode ser pronunciado, fará a sua primeira aparição pública dia 15 de Maio, um sábado que se espera de amor, de fúria, de canções eléctricas e de imaginários hollywoodescos. Será então altura de rumar ao Musicbox e ouvir o sucessor de "Uma Vida a Direito". Pouco depois, dia 19 de Junho, o grupo sobe ao Porto, para concerto no Plano B.

terça-feira, 2 de março de 2010

Os Velhos EP para encomenda



O EP d'Os Velhos tem sido um verdadeiro sucesso e a primeira edição física está quase a chegar ao fim. Agora que se aproxima uma nova temporada de sol e calor, é aproveitar para encomendar o disco da banda roque da Rua das Chagas. Continua disponível a versão digital para descarregamento no espaço da banda.

UM, DOIS, TRÊS, QUATRO: Lisboa, Cidade-Aberta!

A mais solar mocidade da capital responde pelo nome d’Os Velhos, um nome próprio cuja ortografia é decomposta nas quatro canções que agora se apresentam sob a forma de um EP, ou de um MD (Meio Disco), como se convencionou chamar a este formato (desde que Os Quais, em feliz... hora, assim baptizaram a sua primeira edição).

Os Velhos são a primeira banda da segunda geração da Amor Fúria: presenças assíduas nos primeiros concertos dos Golpes e dos Smix Smox Smux, rapazes com a energia própria de quem vive as coisas na altura certa e não perde tempo quando o tempo urge e dita as regras. Mas a identidade destes 4 rapazes (Sebastião, Francisco Xavier, Lucas e Zé Preguiça) ultrapassa os auscultadores do Ai Pode e define-se, certeira, no cruzamento entre o ruído imberbe que bate contra as paredes de uma certa garagem na Rua das Chagas, na Bica, e o poema épico descrito numa corrida com início no Marquês de Pombal e final no Cais das Colunas, na Praça do Comércio - Avenida da Liberdade e Rossio, tudo junto, incluídas no mesmo percurso.

A enumeração toponímica em causa não surge só porque sim, está nos genes dos décibeis que soam, amplificadores a fora - em comunhão com o público que entoa as malhas do Zé Preguiça (qual claque de futebol em ilusão de vitória) -, bombo com a bandeira preta e branca do município a vibrar a cada batida, directamente do pé do Lucas. Está-lhes tatuada na alma e nos dedos, no sangue e nas baquetas, no apuradíssimo timbre do Francisco: o lugar de partida que eles reivindicam como lugar de estadia a cada palavra e acorde. Tal e qual os Ramones e Nova Iorque, Londres e os Clash, Caetano e a Baía.

As canções dos Velhos transportam-nos para os lugares primordiais de um tempo em que somos novos e a força, a vitalidade, as possibilidades e a esperança do mundo se apresentam em toda a sua glória. Essa força, essa vitalidade, esse esplendor, encontram morada, colina a colina, revisitadas em turnos que se fazem numa bicicleta que veio de Roma, em Itália: Lisboa, Cidade-Aberta.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010